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Mais uma redação nota máxima ULBRA 2014
18/11/2013 / Redação Gene

Capacidade crítica: alavanca para compreender a sociedade

                    “Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”, proferiu Arquimedes. Nessa perspectiva, a alavanca encontrada pela educação brasileira para inserir seus alunos no mundo tecnológico foi especializá-los em áreas específicas. Tal iniciativa promoveu a entrada de muitos profissionais no mercado de trabalho; todavia, é imprescindível que essas pessoas tenham conhecimentos sobre outros segmentos para serem capazes de compreender melhor a sociedade na qual estão integradas.
                     A qualidade do ensino no Brasil, em relação aos demais países, deixa a desejar: ocupa uma das últimas posições no ranking mundial. Para reverter esse quadro e ao mesmo tempo tornar os estudantes aptos a conquistar rapidamente um emprego, uma nova política de aprendizagem foi implantada. Nesse método, os jovens recebem uma formação voltada para determinada área, principalmente a tecnológica. É o caso das diversas escolas técnicas espalhadas pelo País, cujos focos são os cursos capacitantes em computação ou em maquinaria de última geração.
                     Entretanto, a especialização demasiada pode impedir o indivíduo de valorizar outros segmentos além do tecnológico. É uma situação típica em que a máquina domina o homem e é colocada acima das relações sociais. Operar um computador, por exemplo, depende de mecanismos repetitivos como apertar teclas ou digitar links. Em contrapartida, desenvolver senso crítico é um processo que exige muito das faculdades mentais e, claro, não vem com manual de instruções. De nada adianta, pois, dominar uma área e ser totalmente leigo quanto às restantes.
                    Por conseguinte, cabe aos responsáveis pela grade curricular agregar ao programa de ensino um espaço dedicado à compreensão geral das relações humanas. Promover debates em sala de aula é um bom modo de estimular a visão crítica necessária para entender o “mundo lá fora”. É válido capacitar os cidadãos para serem excelentes profissionais, mas sem esquecer de que todos fazem parte de uma mesma sociedade. Isto é: independente da área na qual a pessoa especializou-se, ela precisa ser capaz de lidar com outros segmentos e de interagir com variados indivíduos.
                    Em suma, a tecnologia cada dia mais avançada exige especialização para saber operá-la. É preciso, contudo, dar conhecimento sem limitar a capacidade crítica do pensamento individual. A alavanca para sobreviver no mundo atual é, portanto, saber compreender a sociedade nos seus diferentes aspectos.

Tuísi Cembrani (Caxias do Sul)

TEMA ULBRA VERÃO 2014: "A partir dos textos da prova, redija um texto dissertativo/argumentativo em torno de cinco parágrafos sobre o novo formato da educação no Brasil em que a especialização crescente lança, no mercado, levas de profissionais especializados na sua área, mas incapazes de compreender o mundo em que vivem sob o ponto de vista da capacidade crítica e da compreensão humana, pois o pensamento ocupa um lugar modesto nessa nova escalada da tecnologia." 
 

 

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